Pontes entre a visão
interior e o “irrepresentável”… Algo se perde sempre na travessia desta ponte…
e algo se ganha. Na outra margem está quase sempre o inesperado. Na outra
margem está a sombra, mesmo que colorida, do ser, da coisa original, da água
primeira que brotou da nascente, na primeira margem.
Riscar e rabiscar o vazio desafiador é
sempre um exercício de resultados imprevisíveis. O artista sabe quase sempre
qual será o resultado final. Os rabiscadores contentam-se com o inesperado e o
inacabado. Às vezes o inacabado é bem melhor do que o resultado final. Às vezes
mais valia não atravessar a ponte ou ficar a meio, olhando simultaneamente para
os dois lados. Assim, nada se perderia na transfiguração da ideia original.
Seguem-se alguns desenhos das últimas semanas,
uns acabados outros inacabados… e alguns rabiscos instantâneos, daqueles que
são feitos em poucos segundos ou poucos minutos… Esses são todos inacabados…
são os mais autênticos. Estão suspensos a meio da ponte, não caem nem se diluem
na irrealidade… a in-coincidência entre a visão primeira e o último traço…
Mas quem pode verdadeiramente recusar a
travessia? Seria como cegar por dentro e impedir o pensamento de fluir através
das mãos e dos olhos da pele…
Bird Tree... The Material essence of dreams, drawing by São Ludovino.
Bio-meta-chemistry, drawing by São Ludovino.
Fusion III, drawing by São Ludovino.
Belvedere, drawing by São Ludovino.
Fusion II, drawing by São Ludovino.
Nautilus, drawing by São Ludovino.
The cyclic embrace, drawing by São Ludovino.
Spring awakening..., drawing by São Ludovino.
Voyagers..., drawing by São Ludovino.
Sharing the spirit..., drawing by São Ludovino.
A quick drawing..., drawing by São Ludovino.
A quick drawing..., drawing by São Ludovino.
Voyagers..., drawing by São Ludovino.
Sharing the spirit..., drawing by São Ludovino.
A quick drawing..., drawing by São Ludovino.
A quick drawing..., drawing by São Ludovino.
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