sábado, 13 de novembro de 2021

Pedro & Inês Através das Artes I

Literatura, Pintura, Escultura e Medalhística, Música, Teatro, Ópera e Cinema 

     «A ideia do futuro, carregada de uma quantidade imensa de possibilidades, é mais fecunda do que o próprio futuro. Por isso há mais encanto na esperança do que na posse, no sonho do que na realidade.» Henri Bergson (1859-1941)

     Não se cansaram ainda os criadores de recriar a lenda de Pedro e Inês. Eles já não são D. Pedro I e D.ª Inês de Castro, figuras históricas de carne e osso, polémicas, multifacetadas, amadas e odiadas, defendidas e acusadas, e ainda parcialmente desconhecidas. A sensibilidade e a interpretração subjectiva de cada criador já os roubaram há muito ao campo vasto, igualmente aliciante, mas menos plástico, da História e dos seus infinitos e contraditórios meandros. A verdade histórica também depende da interpretação, da forma como se combinam os fragmentos que restam do tempo ido. Os documentos escritos são por vezes escritos para a posteridade, não para registar a verdade de um qualquer tempo presente. Por isso, a verdade histórica é tantas vezes a verdade planeada ou a verdade filtrada. Mesmo os romances históricos, para serem de facto romances, reescrevem a História e prolongam a lenda sob novas perspectivas.

Inês de Castro por José de Guimarães, 1986.

     Os pintores, os escultores, os dramaturgos, os poetas, os romancistas, os coreógrafos e bailarinos, os cineastas beberam quase sempre na lenda a primeira inspiração; a História vem quase sempre depois, quase como necessidade de tornar verosímil a fábula e a invenção. Mas mais importante do que a verosimilhança, na obra de arte o mais importante é a emoção, a vivência estética e a construção do eterno com roupagens terrenas, para que o etéreo se torne mais próximo e humano, o horror mais atroz repugnante e a dor mais pungente. Pela arte se encena o crime e a justiça a posteriori. Pela arte se representa a realidade ideal, no tempo e fora dele. Pela arte se tornam reais todas as quimeras e tornam-se enigmas as verdades mais palpáveis. Pela arte, a alma mostra todas as suas formas infinitas através dos tempos. Por isso, toda a arte é verdadeira. Por isso, toda a arte é o reino do devir, da mais antiga à mais contemporânea. A emoção que o novo olhar há-de descobrir está ligada à emoção inicial. A arte é o eterno fio condutor entre as múltiplas formas de ser humano, entre a realidade e a alma, entre os sentidos e a natureza.

     Inês, por pouco imaculada que fosse, ganhou há muito uma aura de pura eternidade através da arte. Foi continuamente purificada até ser apenas a amada mártir, o símbolo de um amor maior, da justiça póstuma e da vingança bárbara. Muito mais do que D. Pedro, foi D.ª Inês que alimentou durante séculos a criação artística. Porque ela é mulher? Também por isso. Mas sobretudo porque foi escolhida pelos olhos e pelas almas dos artistas como arquétipo da vítima, bela e inocente. E também porque era uma dama nobre, amante de um futuro rei, membro de uma família rica, poderosa e ambiciosa. Se fosse uma plebeia (e quantas plebeias foram amadas e sacrificadas?), teria sido esquecida como se nunca tivesse existido. Inês nunca foi esquecida e começou a ser reinventada logo após a sua morte, pelo próprio D. Pedro (mais como vingança contra o pai), pelos Castro e pelos seus apoiantes e sobretudo pelos escritores que cedo viram na história de D. Inês um filão quase inesgotável.

     Primeiro veio a reinvenção pela palavra (essa construtora de memórias, de fantasias, verdades e mitos), pela poesia e pela representação dramática; só depois vieram as telas comoventes, as composições musicais lamentosas, as esculturas em contínua metamorfose, as imagens em movimento que absorvem todas as outras artes, as transfiguram e se impõem como uma espécie de síntese.

     Nas últimas décadas, a literatura infanto-juvenil e a banda desenhada têm abordado a temática inesiana prodigamente. A versão apresentada é quase sempre a da lenda.

     Segue-se uma selecção de obras de várias áreas artísticas, de várias épocas e nacionalidades. (veja-se o post sobre a  Bibliografia & Webgrafia). Aqui ficam apenas alguns exemplos, sobretudo de textos dramáticos e poéticos.


********************************************************

LITERATURA

Narrativa, Poesia & Teatro

 «A literatura é um assunto sério para um país, pois é afinal de contas o seu rosto.» Louis Aragon (1897-1982)

«A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida.» Fernando Pessoa (1888-1935)

«No teatro tudo é verdade, até a mentira.» Augusto Boal (1931-2009)

«Vocês, artistas que fazem teatro
Em grandes casas, sob sóis artificiais
Diante da multidão calada, procurem de vez em quando
O teatro que é encenado na rua.
Quotidiano, vário e anónimo, mas
Tão vívido, terreno, nutrido da convivência
Dos homens, o teatro que se passa na rua
.» 

Bertolt Brecht (1898-1956)

Castro - tragedia do doutor Antonio Ferreira, 1528-1569. 
Impresso por Pedro Crasbeeck, Lisboa, 1598. A 1.ª edição é de 1587.

Castro - tragedia do doutor Antonio Ferreira, 1528-1569. 
Impresso por Pedro Crasbeeck, Lisboa, 1598. A 1.ª edição é de 1587.
Tanto no título como na enumeração das "pessoas da tragedia"
Inês é apenas a "Castro", sublinhando mais a genealogia familiar
do que a identidade individual.

Tragedia intitulada D. Igenz [sic] de Castro de António Ferreira, 2 de Setembro de 1784,
manuscrito existente na BNP (Biblioteca Nacional de Portugal).
Note-se que o autor da cópia mudou "Castro" para "D. Ignez de Castro".

Castro de António Ferreira, Editorial Domingos Barreira, Porto, 1962.

Saudades de D. Ignez de Castro por Manoel de Azevedo (pseudónimo de Maria de Lara e Menezes), 1619-1649, 1.º edição, 
Officina Joaquinianna da Musica de D. Bernardo Fernandes Gayo, Lisboa, 1745.

Saudades de D. Ignez de Castro por Manoel de Azevedo (pseudónimo de Maria de Lara e Menezes), 1619-1649, 1.º edição, 
Officina Joaquinianna da Musica de D. Bernardo Fernandes Gayo, Lisboa, 1745.

Tragedia intitulada Dona Ignes de Castro de Domingos dos Reis Quita, 1728-1770. 
Cópia de 13 de Junho de 1784. A 1.ª edição impressa é de 1766.
Manuscrito existente na BNP (Biblioteca Nacional de Portugal).

Obras de Domingos dos Reis Quita
chamado entre os da Arcadia lusitana Alcino Micenio 
por Domingos dos Reis Quita (1728-1770), Lisboa, Typographia Rollandiana, Lisboa, 1781.
Contém "Castro: Tragedia".

Nova Castro, tragedia de Gomes, João Baptista, c. 1775-1803, 
Livraria portugueza de J. P. Aillaud, Paris, 1848.

Nova Castro, tragedia, João Baptista Gomes, c. 1775-1803, 
Na Impressão Régia, Lisboa, 1815.

Nova Castro, tragedia by João Baptista Gomes, c. 1775-1803, 
E. e H. Laemmert, Rio de Janeiro, 1843.


Nova Castro, tragedia by João Baptista Gomes, c. 1775-1803, 
E. e H. Laemmert, Rio de Janeiro, 1843.

Nova Castro, tragedia by Gomes, João Baptista, c. 1775-1803, 
Livraria Portugueza de J. P. Aillaud, Paris, 1848.

Nova Castro, tragedia de João Baptista Gomes Junior. 
Nova ed. cor. de muitos erros, e augm. com a brilhante scena da coroação, 
Typographia de Sebastião José Ferreira, Porto, 1857.

Poesias que vêm anexas à edição do Rio de Janeiro de 1843 da Nova Castro, 
tragedia de João Baptista Gomes, c. 1775-1803, E. e H. Laemmert, Rio de Janeiro, 1843.

Dona Ignez de Castro, a tragedy, from the Portuguese of Nicolau Luiz da Silva, with Remarks on the History 
of that Unfortunate Lady, by John Adamson, 1787-1855, D. Akenhead and Sons, Newcastle, 1808.
(Tradução para Inglês da obra portuguesa de Nicolau Luiz da Silva).

Tragedia de D. Ignes de Castro de Nicolao Luis da Silva, 1723-1787, Poeta Portuguez
Impressa em 1772. Copiada em 1795. Adaptação da peça de Luis Velez de Guevara 
Reynar despues de morir (cfr. Inocêncio, vol. VI, pág. 286 - BNP.

Doña Inés de Castro - tragedia en cinco actos
Escrita en Frances por M. Houard de La Motte (1672-1731), 
traducida y acomodada al teatro español, Madrid, 1826.

Na identificação das personagens é visível a total confusão histórica
que muitos autores de várias nacionalidades replicarão. 
A primeira edição da Inès de Castro de La Motte é de 1723. 
Doña Inés de Castro - tragedia en cinco actos, La Motte, M. de (Antoine Houdar), 1672-1731, 
Imprenta de D. Miguel de Burgos, Madrid, 1826.

Les tableaux de M. le comte de Forbin, ou, La mort de Pline l'Ancien, et Inès de Castro. 
Nouvelles historiques, par Mme la comtesse de Genlis, Paris, 1817.

Ines Pietosa, Tragedia di Geronimo Bermudez conosciuto col nome di Antonio de Silva, 1577 
in Teatro scelto spagnuolo, antico e moderno, raccolta dei migliori drammi, commedie e tragedie 
– Versione italiana, Volume Primo, Società L'Unione Tipografico, 1857.
É a tradução da Nise Lastimosa da edição espanhola.

Ines Coronata, Tragedia di Geronimo Bermudez conosciuto col nome di Antonio de Silva, 1577 
in Teatro scelto spagnuolo, antico e moderno, raccolta dei migliori drammi, commedie e tragedie 
– Versione italiana, Volume Primo, Società L'Unione Tipografico, 1857.
É a tradução da Nise Laureada da edição espanhola.

Nise Lastimosa y Nise Laureada - Doña Ines de Castro y Valladares, princesa de Portugal 
por Fr. Gerónimo Bermudez, Imprenta de Taxonera, Ferrol, 1877.

A Castro; com um prólogo por Mendes dos Remédios. Conforme a edição de 1598
António Ferreira, 1528-1569, França Amado Editor, Coimbra, 1915.

A Castrocom um prólogo por Mendes dos Remédios. Conforme a edição de 1598
António Ferreira, 1528-1569, França Amado Editor, Coimbra, 1915.
Mendes dos Remédios, tal como Júlio de Castilho já fizera,
demonstra que foi Bermudez que plagiou Ferreira e não o inverso.

The longer prose works of Walter Savage Landor, Edited with Notes and Index by Charles G. Crump, 
in two volumes – Second volume, J.M. Dent & Co. London, 1893. 
Contém "Ines de Castro, Don Pedro, and Dona Blanca", p. 158.

The longer prose works of Walter Savage Landor, Edited with Notes and Index by Charles G. Crump, 
in two volumes – Second volume, J.M. Dent & Co. London, 1893. 
Contém "Ines de Castro, Don Pedro, and Dona Blanca", p. 158.

Elvira - a tragedy - Acted at the Theatre Royal in Drury-Lane, Printed for A. Millar, London, 1763.
Obra da autoria de David Mallet, c.1705-1765.

Elvira - a tragedy - Acted at the Theatre Royal in Drury-Lane, Printed for A. Millar, London, 1763.
Obra da autoria de David Mallet, c.1705-1765.

La reine de Portugal - tragédie en cinq actes, Firmin Didot, 1764-1836, 
Typ. de l'auteur, Paris, 1824.

A mesma confusão histórica na identificação das personagens.
La reine de Portugal - tragédie en cinq actes, Firmin Didot, 1764-1836, 
Typ. de l'auteur, Paris, 1824.

Compilação das obras de Victor Hugo feita pela filha mais nova, Adèle Hugo.
Contém o melodrama em três actos "Inez de Castro" que, mais tarde, o autor considerou
uma "tolice" da sua juventude. 
Victor Hugo – A Life Related By One Who Has Witnessed It – Including a drama in three Acts, 
entitled Inez de Castro and other unpublished works in two volumes by Adèle Hugo, W.M. H. Allen & C.ª, London, 1863-Vol.1.

Victor Hugo – A Life Related By One Who Has Witnessed It – Including a drama in three Acts,
entitled Inez de Castro and other unpublished works in two volumes by Adèle Hugo, W.M. H. Allen & C.ª, London, 1863-Vol.1.
A mesma confusão na identificação das personagens é mais desculpável nesta obra de Victor Hugo 
do que noutros autores, porque ele tinha apenas 14 anos quando a escreveu.

Victor Hugo – A Life Related By One Who Has Witnessed It – Including a drama in three Acts,
entitled Inez de Castro and other unpublished works in two volumes by Adèle Hugo, W.M. H. Allen & C.ª, London, 1863-Vol.1.
Victor Hugo não classificou "Inez de Castro"como tragédia ou drama mas como melodrama. 

Ignez de Castro - a tragedy in five acts; (as contributed to Hood's magazine) 
by the author of 'Rural sonnets', H. Hurst, London, 1846.

Agnes de Castro - a tragedy - as it is acted at the Theatre Royal, by His Majesty's Servants
Written by a Young Lady, H. Rhodes - R. Parker - S. Briscoe, London, 1696.
Esta obra, publicada anonimamente, é da autoria de Catharine Trotter, 
que adaptou o conto com o mesmo título de Aphra Behn.
Por sua vez, a obra de Aphra Behn é a tradução de uma obra francesa que traduziu para Inglês...
a mesma que se segue (em prosa) 
e  que também foi traduzida para Português (já mencionada noutro post).

Historia de Dona Ignez de Castro – Traduzida do Francês, Typographia Rollandiana, Lisboa, 1827.

D. Inez de Castro - Novella da Condessa de Genlis, traduzida do Francês por D. Caetano Lopes de Moura,
Livraria Portuguesa de J. P. Aillaud, Paris, 1837.
Outra edição da mesma obra francesa. 
Aqui a autoria é atribuída à Condessa de Genlis, Stéphanie Félicité, 1746-1830.
No entanto, diversos estudiosos atribuem a autoria a S. B de Brillac 
(Mademoiselle de Brilhac ou Brillac).

Agnes de Castro - Nouvelle Portugaise (1710), Jean-Baptiste de Brilhac, 
Kessinger Legacy Reprints, n.d.
Quem é afinal Brilhac ou Brillac? S. B. Brilhac ou J. B. Brilhac? 
"Monsieur" ou "Mademoiselle" Brilhac?
Dependendo das edições, o título e o nome do autor vai variando.
Provavelmente, trata-se de um pseudónimo.
Só entre 1688 e 1697, foram publicadas dez edições desta obra com o título
Agnes de Castro or The Force of Generous Love, atribuídas a Jean-Baptiste de Brilhac. 

Stéphanie Félicité, Comtesse de Genlis, 1746-1830 - Ines de Castro; novela tomada de la historia de Portugal. 
Escrita en Frances por la Condesa de Genlis, y Traducida al Castellano por don Salvador Izquierdo,
Imprenta que fue de Bueno, Madrid,1832.
Tradução espanhola da mesma obra francesa.

Agnes de Castro - or, the Force of Generous Love, Written in French 
by a Lady of Quality (S. B.  ou J. B. de Brillac ou Brillac). 
Made English by Mrs. Behn (Aphra Behn), William Canning, London, 1688.
É esta a tradução (adaptada) de Aphra Behn da obra francesa, publicada e republicada 
em diversas edições, isoladamente ou como parte de compilações.

The novels of Mrs. Aphra Behn by Aphra Behn, 1640-1689, 
G. Routledge & Sons, limited; E.P. Dutton & Co., London - New York, 1913.
Contém The History of Agnes de Castro, págs. 159-202.

The novels of Mrs. Aphra Behn by Aphra Behn, 1640-1689, 
G. Routledge & Sons, limited; E.P. Dutton & Co., London - New York, 1913.
Início de The History of Agnes de Castro, págs. 159-202.

A collection of novels by Mrs. Griffith (Elizabeth), c.1720-1793, Vol. III, 
Printed for G. Kearsly, London, 1777. 
Contém The History of Agnes de Castro, págs. 1-44.

A collection of novels by Mrs. Griffith (Elizabeth), c.1720-1793, Vol. III, 
Printed for G. Kearsly, London, 1777. 

A collection of novels by Mrs. Griffith (Elizabeth), c.1720-1793, Vol. III, Printed for G. Kearsly, London, 1777. 
Frontispício mostrando uma ilustração que supostamente representa Inês de Castro. 
Como é evidente, a indumentária, os penteados e o mobiliário 
não ilustram o século XIV, em que Inês de Castro viveu, mas sim uma cena do século XVII 
em que a autora viveu ou do século XVIII em que viveu a compiladora, 
que também foi autora dramática e filha de um empresário teatral (Thomas Griffith).

Portrait of Aphra Behn (1640-1689) by Sir Peter Lely, ca.1670.

Portrait of Catharine Trotter Cockburn, 1679-1749 by unknown artist, line engraving, mid 18th century.

The poems of Felicia Hemans by Felicia Dorothea Browne Hemans, 1793-1835, 
William P. Nimmo, London-Edinburgh, 1875.
Existem dezenas de edições desta compilação, sendo a primeira de 1835, o ano da morte da escritora.
Em quase todas elas vem o poema The Coronation of Inez de Castro.

Portrait of Felicia Dorothea Browne Hemans, 1793-1835.

The Coronation of Inez de Castro in Poems by Felicia Dorothea Browne Hemans, 
The Henneberry Co., Chicago-New York, 1835, p. 377.

Inez de Castro - an historical tragedy in 3 acts by anonymous author, Hamburg, 1840.
Obra muito interessante em língua inglesa mas publicada em Hamburgo (?) 
sem identificação do autor, do impressor ou editor. 
O editor revela ter grande proximidade com o autor, elogia-o e defende-o dos críticos.

     Antes do texto Inez de Castro aparece uma súmula histórica que termina do seguinte modo (p. 82):
«(…) The reader will observe that the author of the present tragedy has often very materially departed from the above account of facts, taking advantage of the writings of others on the same subject, where they better suited his purpose.»
     No final da tragédia, o editor volta a explicar as opções do autor. Refere ainda que o manuscrito terá sido salvo da censura por um amigo do autor que valorizara mais a obra do que ele próprio. Esta terá sido a única obra dramática produzida por este autor esquivo que, após esta tentativa teatral, terá regressado ao cultivo da poesia e da fantasia (pp. 146-147):

     «The author feels that he is bound to add a few words at parting, in self-defence. He acknowledges himself highly culpable, in having reduced Tragedy to three instead of five Acts; the latter, he believes, being its prescribed number by Literary Law. Having pleaded guilty, in justification he urges: that portions of “Inez de Castro" had so long been tossed about both in his portmanteau and brains, that he was heartily rejoiced of an opportunity of getting rid of them, — and, if it he taken into consideration, that these scattered fragments were connected, printed, and the last Act written in the short space of one calendar month, he trusts his readers will show some little lenity towards the manifold defects of his Tragedy. Had he extended it to five Acts, a counterplot must have been framed, and the author being really a straight-forward fellow, and not at all addicted to intrigue, at once decided against this. Another point requires explanation; namely, the immense liberty which has been taken with a king's son, in throwing him into prison, — and that the work of his own father. Should the reader object to this, he is requested to refer to History and he will find in those dark ages not a few similar instances of equally unceremonious proceedings in reigning potentates. The honest truth is, facts, with a little imagination and exaggeration annexed, have been woven into verse. The Manuscript would long since have shared the fate of witches and other monstrosities, had it not been rescued from the flames by a worthy friend, who it seems, entertained a better opinion of it than its writer. It will probably be many years (if ever!) before either publisher or reader will be troubled with a like production; the author having wisely resolved to be satisfied in future with drinking of the Heliconic waters, instead of presumptuously attempting to increase them.»
     Após o final de Inez de Castro, surge ainda um soneto ("Time"), do mesmo autor anónimo, que entretanto terá falecido, provocando no editor grande dor e vontade de o honrar. A notícia da morte do autor surge na nota a este soneto (pp. 148-149):

To Time *


Time! — when in pleasure's path thou dost proceed,
The flow'ry way gives swiftness to thy pace,
And happy beings pray thee to retrace
A track so blest; or to relax thy speed.
But when thy steps through paths of mis'ry lead,
The rugged thorns thy crippled feet restrain,
And the sad victims of despair and pain,
To urge thee on but vainly intercede.
I fain, old Time, would travel by thy side,
With equal step; nor overcharged with care,
Nor cloy'd with pleasure; but I would divide
Our social journey between foul and fair —
Lest joy unmingled drown my soul in pride,
Or woe untemper'd drive it to despair.

* «In the whole range of Poetry, but few compositions will be found so perfect as this Sonnet „on Time"; so exquisite in feeling and rich in language, with an unaffected simplicity of style that is quite delightful. The Writer is now no more! His loss will be long and painfully felt by all those who knew him. His friends have been deprived of a warm hearted friend — society of a most useful member,— and the world of an excellent man! Truly may we say of him. „He did not live in vain!" It is greatly to be regretted that excessive modesty throughout life prevented many more equally beautiful effusions of the same masterly spirit from being known. The advanced state of this volume in the press, before the idea of printing the Sonnet occurred, must excuse its appearing so unworthily at the end.»


Doña Inés de Castro - drama en tres actos, en verso, Francisco Luis de Retes, 1822-1901, 
Imprenta de Jose Rodriguez, Madrid, 1868.

Agnes de Castro, treurspel, in drie bedryven. [In verse], Hoorn, T. Tjallingius, 1775.
Edição holandesa sem indicação do autor.

Agnes de Castro, treurspel, in drie bedryven. [In verse], Hoorn, T. Tjallingius, 1775.
Edição holandesa.

The dramatic works of Mary Russell Mitford, Vol. II, by Mary Russell Mitford, 
Hurst and Blackett, London, 1854. Contém "Inez de Castro, a tragedy in five acts", págs. 47-120.
Uma das poucas obras que parece corresponder a um trabalho verdadeiramente original 
e que respeita razoavelmente a verdade histórica.

The dramatic works of Mary Russell Mitford, Vol. II, 
by Mary Russell Mitford, Hurst and Blackett, London, 1854. 
Contém "Inez de Castro, a tragedy in five acts", págs. 47-120.

Mary Russell Mitford, 1787-1855, by Benjamin Robert Haydon, 1824.

Chroniques chevaleresques de l'Espagne et du Portugal, suivies du Tisserand de Ségovie... 
por Juan Ruiz de Alcarón y Mendoza, Ledoyen – Libraire-Éditeur, Paris, 1839.
O incansável Ferdinand Denis compilou centenas de textos históricos e literários
relativos á História, Cultura e Literatura portuguesas. 
Esta preciosa obra contém vários escritos relativos a D. Constança, D. Inês e D. Pedro. 

Chroniques chevaleresques de l'Espagne et du Portugal, suivies du Tisserand de Ségovie... 
por Juan Ruiz de Alcarón y Mendoza, Ledoyen – Libraire-Éditeur, Paris, 1839.
História de D. Constança Manuel, mulher de D. Pedro I, mãe de D. Fernando.

Chroniques chevaleresques de l'Espagne et du Portugal, suivies du Tisserand de Ségovie... 
por Juan Ruiz de Alcarón y Mendoza, Ledoyen – Libraire-Éditeur, Paris, 1839.
Crónica sobre Inês de Castro.

Chroniques chevaleresques de l'Espagne et du Portugal, suivies du Tisserand de Ségovie... 
por Juan Ruiz de Alcarón y Mendoza, Ledoyen – Libraire-Éditeur, Paris, 1839.
Texto sobre os amores de Inês de Castro.

Chroniques chevaleresques de l'Espagne et du Portugal, suivies du Tisserand de Ségovie... 
por Juan Ruiz de Alcarón y Mendoza, Ledoyen – Libraire-Éditeur, Paris, 1839.
Romance espanhol que pretende ser a verdadeira história de Inês de Castro.

Chroniques chevaleresques de l'Espagne et du Portugal, suivies du Tisserand de Ségovie... 
por Juan Ruiz de Alcarón y Mendoza, Ledoyen – Libraire-Éditeur, Paris, 1839.
Um relato dos amores de João de Castro, filho de Inês de Castro e de D. Pedro,
aquele que matou à punhalada a sua mulher, Maria Teles, irmã de D. Leonor Teles, mulher de D. Fernando.

Chroniques chevaleresques de l'Espagne et du Portugal, suivies du Tisserand de Ségovie... 
por Juan Ruiz de Alcarón y Mendoza, Ledoyen – Libraire-Éditeur, Paris, 1839.
Uma compilação de vários textos atribuídos a D. Pedro. 
Carolina Michaëlis contestou a autoria de quase todas as atribuições feitas, 
quer dos textos poéticos quer das mensagens amorosas.
Que houve uma correspondência amorosa entre D. Pedro e D. Inês, isso é indubitável...
só que não resta um único registo escrito da época. Até mesmo a autoria dos poemas
publicados no Cancioneiro Geral (Garcia de Resende, 1516) é questionável.

Inez de Castro (Castro) - tragédie en cinq actes par António Ferreira (1528-1569) 
in Théâtre Européen, Nouvelle Collection – Théâtre Portugais par MM., 
traduit en Français par Ferdinand Denis…, Ed. Guérin et Cie. Éditeurs, Paris, 1835.
Contém Notice sur Inez de Castro – Suivi de Chronique de Don Pedro, págs. 1-14; 
Poésie du Roi Don Pedro, p. 14; Inez de Castro (Castro), Tragédie en cinq actes, 
par Antonio Ferreira, págs. 15-35; Le Jaloux (Comedia do Cioso) 
– Comédie en cinq actes du Docteur Antonio Ferreira, págs. 37-82.

La cabeza del Rey D. Pedro, tradición histórica 
por Manuel Fernández y González, 1821-1888, Murcia y Marti, Madrid, 1862.
Esta obra incide sobretudo sobre as tramas e intrigas dos irmãos Castro
(irmãos de Inês de Castro) e a vida amorosa de D. Pedro I de Castela, 
sobrinho de D. Pedro I de Portugal.

La cabeza del Rey D. Pedro, tradición histórica 
por Manuel Fernández y González, 1821-1888, Murcia y Marti, Madrid, 1862.

Poesias escolhidas, 1898-1902 de Afonso Lopes Vieira, 1878-1946, 
Viúva Tavares Cardoso, Lisboa, 1904.
Contém o poema Pedro Cru, págs. 37-43.

PEDRO CRU

Sai de palácio uma noite.
Cerrada noite.

E pela noite caminham

Ou se adivinham
Vultos da noite…

Um rouxinol, cantando:

Volta os passos confiados.
Entra em palácio, senhor!

A água do rio, descendo:

A ventura é como a água
Que passa, não volta mais.

Um choupo, sussurrando:

Olha punhais afiados
Com fome do teu amor…

 O vento, gemendo:

Na asa da minha mágoa
Levarei penas e ais!...

 Um eco, ao longe:

… é como a água
Que passa, não volta mais…

 Os corações

Oh! saborosas dentadas
Tão bem cravadas
Nos corações!...

Oh! acabarem-se as vidas

Se esquartejadas!
Doces dentadas, brutas dentadas!
Mordidas e remordidas,
E gaguejadas
Nos corações!

— Tirai-lhos p'las costas!...

Devagarinho… devagarinho… devagarinho!...
Parti-os em postas,
Regai-mos com vinho!

Oh, numa salva de prata

Os corações!
Desgraçado de quem mata:
Mata uma vez.
Só uma vez!

E mastiga e mastiga

Os corações!

Oh corações.

Senti os dentes
Cravados
Nos corações?

Boca danada, boca estorcida, apaziguada.

Nos corações…

Enterro

Passa nos caminhos, passa a procissão
Com velas ardendo pela escuridão.

Procissão de luzes, uma em cada mão:

Pirilampos d'oiro rodeando um caixão.

Procissão de luzes, e caladas vão:

São pingos de sangue pingando no chão.

Procissão de luzes, longa multidão.

Longa caminhada. Passa a procissão…

Levam a Rainha, o trono e o caixão:

Depois de defunta beijaram-lhe a mão.

Foi posta no trono, bela em podridão:

Seus louros cabelos sempre louros são.
Seus olhos, seus olhos não mais olharão:
Buracos vazios como a escuridão!

Passa nos caminhos, passa a procissão

Com velas acesas, longa multidão…

Seus beiços p'ra beijos não mais beijarão!

Seus braços p'ra abraços não mais cingirão!

Procissão de luzes, muda multidão…

Oh saudade negra como a escuridão!

 Insónia

Arde na noite a prata das trombetas!...
Brilha na noite a luz d'acesas tochas!
E as trombetas: Alerta alerta alerta!

 Accorda o burgo adormecido: el-rei!...

O Justiceiro, o ledo bailador!
E as trombetas: Alerta alerta alerta!

Descem à rua. El-rei passa a bailar!

Cercam-no, baila, redemoinha, volta…
E saltam, dançam, rodopiam, bailam.

Ralé, mendigos, o seu povo cerca-o;

Segue na noite a ronda do bailado…
Brilham as tochas. Ardem as trombetas!

El-rei traz um chicote, e anda uma estrela

Na ponta do azorrague flamejando:
Justiça! bradam-lhe. — E flameja o astro!

Justiça! Bradam. – Sonha vergastadas

Em adúlteros, vis, bispos, rapaces!
Ralé, mendigos, o seu povo baila!...

Na noite somem-se o bailado e a bulha.

N'alvorada desmaiam as trombetas,
Desmaiam tochas, e desmaia a Dor…

Túmulo

Nas covas nos heis de pôr
Os corpos desencontrados:
P'ra quando o Juízo for,
Nossos olhos abraçados
Falarem logo d 'amor.

In Poesias escolhidas, 1898-1902 de Afonso Lopes Vieira, 1878-1946, Viúva Tavares Cardoso, Lisboa, 1904



D. Pedro e D. Inês - 'O Grande Desvayro' 1320-1367, Antero de Figueiredo, 
Livrarias Aillaud e Bertrand, Paris-Lisboa. 1916.

D. Pedro e D. Inês - 'O Grande Desvayro' 1320-1367, Antero de Figueiredo, 
Livrarias Aillaud e Bertrand, Paris-Lisboa. 1916.

Inês de Castro na Vida de D. Pedro, de Mário Domingues, 
Livraria Romano Torres, Lisboa, 1961.

Inês de Castro na Vida de D. Pedro, de Mário Domingues, 
Livraria Romano Torres, Lisboa, 1961 - 2ª edição.

A Castro, Júlio Dantas, 1876-1962, 
Portugal-Brasil Limitada – Sociedade Editora, Lisboa, 1920.
Adaptação d' A Castro de António Ferreira.

Inês de Castro, Gondin da Fonseca, Livraria São José, s.d.

Silva de Eugénio de Castro, 1869-1944, Magalhães & Moniz Editores Lda., Porto, 1911.

Silva de Eugénio de Castro, 1869-1944, Magalhães & Moniz Editores Lda., Porto, 1911. 
Contém uma écloga sobre uma Inês que não sabe o que é o amor, 
dedicada à Condessa de Sabugosa e de Murça, págs. 35-38.

Linda Inês de Rocha Martins.

Inês de Castro, António de Vasconcelos.

Adivinhas de Pedro e Inês, Agustina Bessa Luís, Guimaráes &C.ª Editores, Lisboa, 1983.

Inês de Castro - Espia, Amante, Rainha de Portugal
de Isabel Stilwell, Planeta Editora, 2021.

Pedro - Cantigas de Inês, Rita Sineiro, The Poets and Dragons Society, 2020.

Inês de Portugal de João Aguiar, Edições Asa, 1997 (1.ª edição de 1996).

Triunfo do Amor Português, Mário Cláudio, Publicações D. Quixote, 2014.

A Rainha Crucificada, Gilbert Sinoué, Difel.

Inês de Castro - A Estalagem dos Assombros
Somara da Veiga Ferreira, Editorial Presença, 2007.

Linda Inês ou O Grande Desvairo, Armando Martins Janeira, Pássaro de Fogo.

Mensagens de Inês de Castro - A história de amor que há séculos comove o mundo
Francisco Cândido Xavier e Caio Ramacciotti, Geem.

Memória de Inês de Castro de António Cândido Franco, Publicações Europa-América.

A Rainha Morta e o Rei Saudade - Romance histórico 
de António Cândido Franco, Ésquilo, 2005.

O Amor Infinito de Pedro e Inês, Luís Rosa, Editorial Presença.

A Trança de Inês, Rosa Lobato de Faria, 
Círculo de Leitores, Lisboa, 2001.

La treccia di Inês, Rosa Lobato de Faria, Imprimatur, 2015 - edição italiana.

Inês - romance histórico de Maria João Fialho Gouveia, 2016.

La Reine Morte par Henry de Montherlant, Gallimard, Drame en trois actes. 
Suivi de «Régner après sa mort» de Luis Velez de Guevara, 1947 - edição 110.ª

Ignez de Castro - romance historico original, Faustino da Fonseca, 1871-1918, Volumes III e IV,
Typographya Lusitana-Editora de Arthur Brandão, Lisboa, 1901. Obra em 4 volumes, volume III.

Ignez de Castro - romance historico original, Faustino da Fonseca, 1871-1918, Volumes III e IV,
Typographya Lusitana-Editora de Arthur Brandão, Lisboa, 1902. Obra em 4 volumes, volume IV.

Ignez de Castro - romance historico original, Faustino da Fonseca, 1871-1918, Volumes III e IV,
Typographya Lusitana-Editora de Arthur Brandão, Lisboa, 1901.

Ignez de Castro - Romance histórico de Faustino da Fonseca, 2.ª edição em 2 volumes, 
Antiga casa Bertrand - José Bastos, Lisboa, s.d.

Ignez de Castro de Faustino da Fonseca, Typographia Lusitana 
- Editora de Arthur Brandão, Lisboa, 1901-1902.

Inez de Castro de Faustino da Fonseca, Fronteira do Caos Editor, 2013.

Os filhos de Ignez de Castro, romance histórico, Faustino da Fonseca e  Joaquim Leitão, 
Livraria Tavares Cardoso, Lisboa, 1905.

A Morta - Monologo Dramatico original – Representado com geraes aplausos em diversos teatros de Portugal, 
Augusto Garraio, Livraria Popular de Francisco Franco, Lisboa, 1900.
Apresenta um monólogo de D. Pedro dirigido a D. Inês depois de morta.

La iffanta (sic) coronada, por el Rey Don Pedro, Doña Ines de Castro - en octava rima 
por Don Juan Soares de Alarcón, Lisboa, 1606.
O autor é João Soares de Alarcão, Português, não Castelhano.

Coronica (sic) del serenissimo rey don Pedro, hijo del rey don Alonso de Castilla
Pedro Lopez de Ayala, 1332-1407, Por Pedro Porralis, Pamplona, 1591.


***********************************************************************
UMA OBRA MULTIPLICADA
Através de imitações, versões, adaptações, traduções livres...

     Para além das obras de Gerónimo Bermudes (Inês Lastimosa ou Lacrimosa e Inês Laureada, a primeira plagiada de António Ferreira e publicada sob o nome de António Silva), Reynar después de morir (Reinar depois de morrer) de Luis Vélez de Guevara (1579-1644) foi provavelmente a obra mais publicada, mais imitada e adaptada, pelo menos em Espanha.
     Entre os imitadores, surge Juan de Matos Fragoso, que na verdade é o poeta e dramaturgo português João de Matos Fragoso (1608-1689), nascido no Alvito. Este autor (ou o impressor ou editor) mudou no entanto o título para Ver y Crer, acrescentando que se trata da "segunda parte de Reynar después de morir" ou "segunda parte de Ignez de Castro". Esta versão ou adaptação foi publicada e republicada diversas vezes ao longo do século XVIII.




Reynar despues de morir - comedia famosa por Luis Vélez de Guevara, 1579-1644, 
en la Imprenta de la Viuda de Joseph de Orga. Valencia, 1765.

Reinar Depois de Morrer de Luis Vélez de Guevara, 1579-1644 - Cópia de 15 de Dezembro de 1783.
Adaptação ou tradução livre de António José de Oliveira - BNP.

Reinar después de morir - comedia famosa en tres jornadas
– Original de Luis Vélez de Guevara refundida por Francisco Fernández de Villegas, ‘Zeda’, pseud.,
segunda Edición. Representada en el Teatro Español la noche del 28 de Octubre de 1902,
Sociedad de Autores Españoles, Madrid, 1929.

Inés de Castro, ó, Reinar después de morir - comedia famosa de Luis Vélez de Guevara 
– Adaptación Lírica por Juan José Cadenas. Música de los los maestros Calleja y Lleó
R. Velasco Impresor, Madrid, 1903.
Neste caso, a obra foi adaptada num espectáculo de ópera.
Foram também feitas diversas adaptações no formato de literatura infanto-juvenil ilustrada.




Ver, y creer - segunda parte de Doña Ines de Castro - comedia famosa, Juan de Matos Fragoso, Juan de, 1608-1688, 1701 - rosto.





*******************************************************

BD & LIVROS ILUSTRADOS

Nomes com História - Inês de Castro de Ana Oom, ilustrações de Sandra Serra, 2015.

D. Pedro I - O Justiceiro, ilustrações de André Letria, 
Colecção Era uma vez um rei..., n.º 3, Expresso, 2006.

Inês de Castro - A história de Inês de Castro 
ou a Dama Lourinha que depois de morta virou rainha,
texto de Fábio Sombra, ilustrações de Walter Lara, Editora Compor.

Inês de Castro... a que depois de morta foy Rainha
texto e desenhos de Eugénio Silva, Meribérica-Liber Editores Lds., 1994.

Inês de Castro... a que depois de morta foy Rainha
texto e desenhos de Eugénio Silva, Meribérica-Liber Editores Lds., 1994.

The Skeleton Who Was Queen, in Gold Key, Dezembro.1970.


História de Portugal em Banda Desenhada, texto de A. do Carmo Reis e desenhos de José Garcês,
edição em quatro volumes, publicados entre 1986 e 1989.

Historias de Luis Vélez de Guevara – Relatadas a la Juventud por José Baeza, 
Com Ilustraciones de E. Ochoa, Casa Editorial Araluce, Barcelona, 1900-capa.
Contém Reynar Después de Morir.

Historias de Luis Vélez de Guevara – Relatadas a la Juventud por José Baeza, 
Com Ilustraciones de E. Ochoa, Casa Editorial Araluce, Barcelona, 1900-capa.
Contém Reynar Después de Morir.

Historias de Luis Vélez de Guevara – Relatadas a la Juventud por José Baeza, 
Com Ilustraciones de E. Ochoa, Casa Editorial Araluce, Barcelona, 1900-capa.
Contém Reynar Después de Morir.

Reinar después de morir, Velez de Guevara, Teatro Selecto.

Reinar después de morir, Velez de Guevara, Casa editorial de La Ultima Moda, Madrid.